Atlético de Madrid vence Liga Europa

Os espanhóis do Atlético de Madrid conquistaram hoje a primeira edição da Liga Europa em futebol, ao vencerem os ingleses do Fulham por 2-1, após prolongamento, na final disputada em Hamburgo, na Alemanha.

O uruguaio Diego Forlan, "Bota de Ouro" em 2008/2009, foi a grande figura do encontro, ao apontar os dois golos do conjunto comandado pelo ex-técnico do Benfica Quique Flores, o segundo e decisivo aos 116 minutos.
Na primeira parte, o Atlético de Madrid adiantou-se aos 32 minutos, com o primeiro tento de Forlan, mas, aos 37, o galês Simon Davies restabeleceu a igualdade.

O internacional português Simão foi titular na formação madrilena, "carrasca" do Sporting na compeitção, tendo sido substituído por Jurado aos 68 minutos.
Com este triunfo, os "colchoneros", que vão ainda disputar a final da Taça do Rei, passam a contar três troféus internacionais, pois já tinha ganho a Taça das Taças (1961/62) e a Taça Intercontinental (1974).

Mundial2010: Carlos Queiroz chama 24

O seleccionador português, Carlos Queiroz, surpreendeu hoje na convocatória para o Mundial de Futebol de 2010, em especial com as chamadas de Daniel Fernandes, Ricardo Costa e Zé Castro e com a ausência de João Moutinho. O médio do Sporting, que foi chamado para todos os encontros da fase de qualificação, é a principal ausência da convocatória de Queiroz.

Com Eduardo a ser o provável titular, para os outros dois lugares para a baliza portuguesa foram eleitos Beto e Daniel Fernandes, chamados quatro vezes durante a convocatória, mas que não cumpriram qualquer minuto e, aparentemente, tinham perdido a "corrida" para Hilário e Rui Patrício.

O facto de Pepe ainda estar a recuperar de uma grave lesão no joelho direito deve ser uma das razões para Carlos Queiroz ter chamado 24 jogadores, um a mais do que o limite imposto pela FIFA.

As grandes surpresas da convocatória foram os defesas centrais Ricardo Costa (Lille) e Zé Castro (Deportivo da Corunha), dois dos seis centrais convocados e que já tinham sido chamados por Carlos Queiroz, mas que não tinham sido utilizados na fase de qualificação.

Fábio Coentrão é o único jogador do campeão nacional Benfica a integrar a convocatória para o Mundial2010, ao contrário de Carlos Martins, Ruben Amorim, Quim ou Nuno Gomes, apresentando-se como uma alternativa a Duda na lateral esquerda.

Destaque ainda para o regresso de Danny, que tinha sido utilizado na primeira metade da qualificação, mas que acabou por sair das escolhas, devido a uma grave lesão num joelho.
De resto, a convocatória não apresenta mais surpresas, com o núcleo duro de Carlos Queiroz a manter-se nas escolhas, à exceção de Bosingwa, lesionado num joelho.
O estágio da seleção portuguesa inicia-se sexta feira na Covilhã, mas serão poucos os jogadores que se deverão apresentar neste dia, uma vez que ainda há competições a decorrer.

Apenas Eduardo, Daniel Fernandes, Fábio Coentrão, Pedro Mendes, Miguel Veloso, Nani, Liedson e Danny estarão disponíveis para se apresentar no início do estágio.
Simão e Tiago deverão ser os últimos a juntar-se, uma vez que o Atlético de Madrid disputa a final da Taça do Rei de Espanha a 19 de Maio.

Portugal está integrado no Grupo G do Mundial2010 e defronta a Costa do Marfim, a 15 de Junho, a Coreia do Norte, a 21, e o Brasil, a 25.

Lista completa:

- Guarda-redes: Eduardo (Sporting de Braga), Beto (FC Porto) e Daniel Fernandes (Iraklis, Gre).

- Defesas: Paulo Ferreira (Chelsea, Ing), Miguel (Valência, Esp), Ricardo Carvalho (Chelsea, Ing), Bruno Alves (FC Porto), Pepe (Real Madrid, Esp), Rolando (FC Porto), Ricardo Costa (Lille, Fra), Duda (Málaga, Esp), Fábio Coentrão (Benfica) e Zé Castro (Deportivo, Esp).

- Médios: Pedro Mendes (Sporting), Raul Meireles (FC Porto), Deco (Chelsea, Ing), Tiago (Atlético de Madrid, Esp) e Miguel Veloso (Sporting).

- Avançados: Nani (Manchester United, Ing), Simão (Atlético de Madrid, Esp), Cristiano Ronaldo (Real Madrid, Esp), Danny (Zenit, Rus), Liedson (Sporting) e Hugo Almeida (Werder Bremen, Ale).

A 4 de Junho tem de ser entregue à FIFA a lista definitiva de 23 convocados.

Benfica Campeão

O 32º título da história do Benfica tem uma assinatura de autor, Jorge Jesus, técnico que chegou no início de época, com algumas interrogações dos adeptos, ao comando da equipa de futebol "encarnada".

Engenhoso na táctica, temperamental, capaz de mudar mentalidades e motivar jogadores, Jorge Jesus empolgou a massa de adeptos benfiquistas.
Na sua chegada ao Benfica, as reticências ainda eram muitas, perante um técnico que mostrara qualidades no Sporting de Braga, mas que poderia ser insuficiente para a dimensão do clube da Luz.

Jesus veio acabar com todas essas dúvidas. Um futebol empolgante de início de época fazia antever um Benfica melhor do que os últimos anos, mas poucos adivinhariam que seria o mais atrativo desde o sueco Sven-Goran Eriksson.
Os méritos do novo treinador mostraram uma equipa dinâmica, ofensiva, com mentalidade ganhadora, alicerçada em alguns novos jogadores (Ramires, Javi Garcia ou Saviola), mas também em antigos com cara nova.

Com Jesus, o extremo Di Maria ganhou nova vida, o defesa David Luiz conquistou predominância na defesa, Pablo Aimar mais regularidade e Ruben Amorim ou Fábio Coentrão passaram a ter uma importância e polivalência invejáveis.
O treinador, de 55 anos, soube cativar um plantel, sustentado em elementos-chave, mas sempre aberto a mudanças, sem que a equipa sofresse pela ausência de qualquer um dos "nucleares".

Um dos momentos altos do "engenho táctico" de Jesus aconteceu precisamente frente ao FC Porto, na Luz. Sem Di Maria, Aimar ou Coentrão, o treinador surpreendeu com a entrada do pouco utilizado Urreta e colocou Carlos Martins no meio.
Ao longo do campeonato, o técnico soube também jogar com o "bluff", escondendo muitas vezes as ideias, com convocatórias tardias ou informações ambíguas quanto à disponibilidade física de jogadores.

A mudança de mentalidade nos "encarnados" passou em muito pelas ideias do novo técnico, pelo "pressing" que transmitiu à equipa e também pela agitação mostrada à flor da relva, em que à dinâmica atacante era exigido sempre mais.
Foram muitos os jogos do campeonato em que o caudal de golos superou a marca dos quatro por jogo, com Jesus não raras vezes a pedir à equipa que subisse, atacasse, depois de já estar a vencer por um ou por dois.

Com um génio temperamental agitado, muitas vezes focado a gritar ou a esbracejar para o relvado, foi também numa dessas vezes que o técnico teve um gesto que caiu menos bem, ao levantar a mão, num sinal de "quatro golos", a um técnico adversário, num jogo que viria a vencer por 6-1.
O gesto foi feito frente ao Nacional, treinado por Manuel Machado, um dos técnicos, juntamente com Augusto Inácio ou Carlos Azenha, que já mostraram publicamente que não gostam de Jorge Jesus.

Mas a tudo isso o técnico do Benfica tem respondido com resultados, num discurso muitas vezes criticado por ser "menos erudito", mas que jogo a jogo, como o treinador gosta de dizer, levou o clube à conquista da Taça da Liga e ao 32º título da sua história.
O patamar mais alto da carreira do técnico, um jogador mediano (entre 1973 e 1989), é agora vivido num dos mais importantes clubes portugueses, logo à primeira oportunidade que um "grande" lhe deu para treinar.

Mourinho eleito o melhor treinador do Mundo

A Associação Internacional da Imprensa Desportiva elegeu José Mourinho como o melhor técnico do mundo.
Atrás do português ficaram figuras como Alex Ferguson, Guus Hiddink, Fabio Capello ou Marcello Lippi.
Mourinho, que recolheu 36 por cento dos votos, deixou os rivais a uma distância confortável, já que o segundo classificado – o técnico do Man United – não conseguiu mais de 20 por cento de preferências.
Na eleição participaram 200 profissionais da imprensa desportiva, de 96 países diferentes.

ps - a sério?

Mourinho conquista a taça de Itália

O Inter de Milão, orientado por José Mourinho, conquistou o primeiro título da temporada ao triunfar na Taça de Itália de futebol, ao derrotar na final a AS Roma, por 1-0, no Estádio Olímpico de Roma.

O único tento do encontro foi apontado pelo argentino Diego Milito, quando estavam jogados 40 minutos, com um excelente remate cruzado, à entrada da área, após um lance individual em que correu praticamente meio campo.

O Inter de Milão passa a contar com seis taças de Itália no seu palmarés e Mourinho soma o terceiro triunfo com os "nerazzurri", após a conquista da Liga transalpina, em 2008/09, e da Supertaça, em 2008.

No palmarés da Taça de Itália, o Inter de Milão sucede à Lázio de Roma.

Este ano, os milaneses podem ainda somar os títulos da Série A italiana e da Liga dos Campeões, prova em que encontrarão na final o Bayern de Munique.

A AS Roma terminou o encontro reduzida a 10 elementos por expulsão de Totti, aos 88 minutos, por agressão a Balotteli.

Também na final da Liga dos Campeões e no primeiro lugar o campeonato transalpino, José Mourinho arrisca-se a ganhar tudo esta época.

ps - O costume...

Taça do Luxemburgo - 1/4 de final: Quase sem hipóteses no campeonato, Dudelange é afastado da taça

Depois do deslize frente do Käerjéng no campeonato, a semana negra do F91 Dudelange culminou com a derrota, em casa, diante do Fola na taça.
O ainda campeão em título e detentor do troféu, vai muito provavelmente acabar a época de mãos a abanar.

Após o desaire em Bascharage contra o Käerjéng (0-1), o todo-poderoso Dudelange sofreu nova derrota – nas grandes penalidades –, no domingo, frente ao Fola, no jogo dos quartos-de-final da taça.

Com cinco campeonatos e três taças conquistados nos últimos cinco anos, o campeão em título arrisca-se muito provavelmente a terminar a época da pior forma: de mãos a abanar.

Num jogo bastante equilibrado do princípio ao fim, o Fola esteve em vantagem por duas vezes, durante o tempo regulamentar com um golo de Di Gregorio, e no prolongamento graças ao tento de Grezskowiak. Mas o oportunismo de Gruszczynski (dois golos) levou o jogo até à lotaria das grandes penalidades, na qual os forasteiros acabaram por ser mais felizes, vencendo por 8-7.

Marc Grosjean, muito contestado ao longo de toda a época, não poderá ser apontado como o último culpado pelos resultados muito aquém do esperado. O plantel, rico em quantidade e qualidade, não pode ficar, também, isento de responsabilidades. Estará o Dudelange a terminar um ciclo de vitórias? O futuro o dirá.

O Differdange abriu a ronda destes quartos-de-final da taça, na tarde de sábado, ao receber e bater a jovem equipa do Mondercange por três golos sem resposta.

Após um início de jogo onde os comandados de Dan Theis se mostraram algo nervosos, Kettenmeyer, no início da etapa complementar, inaugurou o marcador e desbloqueou a situação para a equipa da casa.

Os segundo e terceiro golos dos anfitriões apareceram com toda a naturalidade, como corolário de um acentuado domínio exercido pela formação de Differdange – merecido vencedor – ao longo de toda a partida.

Em Ettelbrück, o Etzella conseguiu o seu apuramento para as meias-finais ao derrotar o Hesperage por 2-1.

Os comandados de Benny Reiter abriram a marca aos sete minutos por intermédio de Nilton Rocha, cabendo ao capitão Charles Leweck ampliar o marcador à passagem do minuto 22.

A vencer por dois golos, os nortistas geriram bem a vantagem até ao intervalo. Na etapa complementar, os forasteiros exerceram algum domínio, sobretudo a partir da expulsão de Engeldinger, aos 60 minutos. O recém-entrado Casafina reduziu para 2-1 aos 64 minutos e a partida ganhou em emoção.

Nos últimos minutos, o Etzella defendeu-se com unhas e dentes e tentou apenas explorar o contra-ataque, acabando por segurar o resultado e a eliminatória.

No último encontro, que opôs o Grevenmacher ao Canach – único representante que não pertencia à elite do futebol luxemburguês – a lógica foi respeitada, mas sem que o espectro da surpresa pairasse sobre o estádio Op Flohr.

Aos 19 minutos, Valdino Borges concluiu da melhor forma uma jogada de Abdelkadous, abrindo o score. Volvidos cinco minutos, Amrane executou superiormente um livre a 35 metros e deixou o guardião Pleimling pregado ao chão, fazendo o 0-2.

Mas ao invés de continuar a jogar ofensivamente como o vinha a fazer, o Canach recuou no terreno e permitiu que o Grevenmacher reduzisse para 1-2, ainda antes da pausa.

No reatamento, a melhor forma física do Grevenmacher e a maior experiência dos homens de Claude Osweiler acabaram por ditar a lei do mais forte e o Canach sofreu mais três golos, perdendo claramente o controle do encontro.

Apesar da derrota, os homens de Patrick Maurer saíram da taça de cabeça erguida e com toda a dignidade.

Benfica perde no Dragão e continua a um ponto do título

O Benfica perdeu hoje a possibilidade de garantir o seu 32º título de campeão nacional de futebol, ao perder no reduto do FC Porto (3-1). Face ao triunfo do Sporting de Braga (1-0 ao Paços de Ferreira), a uma ronda do final da prova, os "encarnados" continuam a um ponto do ceptro, precisando de pontuar no domingo, em casa, frente ao Rio Ave ou esperando que os "arsenalistas", que hoje garantiram o segundo lugar, não vençam fora o Nacional.

No Dragão, o Bruno Alves, aos 42 minutos, e os argentinos Ernesto Farias, aos 59, e Belluschi, aos 82, apontaram os tentos do "onze" de Jesualdo Ferreira, que ficou reduzido a 10 unidades aos 51, quando Fucile viu o segundo amarelo.

Por seu lado, o "capitão" brasileiro Luisão apontou, aos 57 minutos, o tento de honra dos "encarnados", que sofreram o segundo desaire na prova, após o 0-2 em Braga, e perderam Di Maria, Fábio Coentrão e Javi Garcia, todos "amarelados", para o encontro da derradeira jornada.

A formação comandada por Jorge Jesus passou a contar apenas mais três pontos do que o Sporting de Braga, que recebeu e bateu o Paços de Ferreira, graças a um golo solitário do camaronês Meyong, aos 55 minutos.

Quanto a descidas, o Leixões perdeu por 1-0 em Olhão, acompanhando assim o já despromovido Belenenses, que se despediu da elite com uma vitória por 5-2 frente ao União de Leiria.

Olhenense e Vitória de Setúbal (derrotado por 2-0 na Madeira frente ao Marítimo) asseguraram a sua permenência na Liga Sagres.