Quero hoje, de uma forma muito especial, deixar ao meu amigo Dario Lima uma palavra de solidariedade, carinho, admiração e, especialmente, de agradecimento pela sua enorme condição humana.
Quando ontem me telefonaram a solicitar a minha presença hoje na festa de homenagem que a comunidade cabo-verdiana residente no Norte do Luxemburgo lhe dedicou e soube da tragédia que lhe acontecera, fiquei sem pinga de sangue. Nem consegui articular palavra.
Perdeu um braço e uma perna num acidente de trabalho, há cerca de três meses, e eu não sabia. Quando o encarei hoje, no relvado em Ettelbrück (onde tantas vezes ele me foi ver dirigir a equipa do Etzella), sorriu-me, agradeceu a minha presença e, com a boa disposição que sempre o caracterizou, disse-me em tom de graça: "meu, não posso acreditar que não estejas a treinar nenhuma equipa. Um gajo como tu? não pode ser…" eu quis fazer-me forte e ainda respondi quase sem voz, "é, amigo, agora estou de férias e vim aqui para te ver" mas não me contive e as lágrimas correram-me pelo rosto quando o abracei.
Falámos do trágico acidente, das coisas da vida e do futebol, mas eu não conseguia esconder os olhos rasos de lágrimas. Então ele disse-me em tom mais sério, mas sereno: "Amigo, também já chorei muito, mas agora tenho que ser forte". Senti-me como se ele me estivesse a consolar… e estava mesmo.
Quando o vi dirigir-se (a muito custo), a sorrir, para entregar as medalhas aos miúdos que tinha feito um jogo em sua homenagem, senti-me ridiculamente pequeno face a um homem que perante a tragédia que a vida lhe reservou se mostrou tão grande e tão digno. Meu Deus, que lição de vida!
Foram muitas as centenas de pessoas que estiveram hoje na festa do Dario. Cabo-verdianos, portugueses e luxemburgueses fizeram questão de homenagear um homem querido por todos, para quem a vida foi madrasta. Mas nem assim o Dario se rendeu. Levantou-se e mostrou a todos que mesmo apesar das suas actuais limitações físicas continua pronto para ajudar os outros como sempre o fez.
Força Dario, obrigado Dario!
Quando ontem me telefonaram a solicitar a minha presença hoje na festa de homenagem que a comunidade cabo-verdiana residente no Norte do Luxemburgo lhe dedicou e soube da tragédia que lhe acontecera, fiquei sem pinga de sangue. Nem consegui articular palavra.
Perdeu um braço e uma perna num acidente de trabalho, há cerca de três meses, e eu não sabia. Quando o encarei hoje, no relvado em Ettelbrück (onde tantas vezes ele me foi ver dirigir a equipa do Etzella), sorriu-me, agradeceu a minha presença e, com a boa disposição que sempre o caracterizou, disse-me em tom de graça: "meu, não posso acreditar que não estejas a treinar nenhuma equipa. Um gajo como tu? não pode ser…" eu quis fazer-me forte e ainda respondi quase sem voz, "é, amigo, agora estou de férias e vim aqui para te ver" mas não me contive e as lágrimas correram-me pelo rosto quando o abracei.
Falámos do trágico acidente, das coisas da vida e do futebol, mas eu não conseguia esconder os olhos rasos de lágrimas. Então ele disse-me em tom mais sério, mas sereno: "Amigo, também já chorei muito, mas agora tenho que ser forte". Senti-me como se ele me estivesse a consolar… e estava mesmo.
Quando o vi dirigir-se (a muito custo), a sorrir, para entregar as medalhas aos miúdos que tinha feito um jogo em sua homenagem, senti-me ridiculamente pequeno face a um homem que perante a tragédia que a vida lhe reservou se mostrou tão grande e tão digno. Meu Deus, que lição de vida!
Foram muitas as centenas de pessoas que estiveram hoje na festa do Dario. Cabo-verdianos, portugueses e luxemburgueses fizeram questão de homenagear um homem querido por todos, para quem a vida foi madrasta. Mas nem assim o Dario se rendeu. Levantou-se e mostrou a todos que mesmo apesar das suas actuais limitações físicas continua pronto para ajudar os outros como sempre o fez.
Força Dario, obrigado Dario!
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