1 de outubro de 2015

Uma legenda, este Cristiano Ronaldo

290 (645) O futebolista português Cristiano Ronaldo 'selou' com um ‘bis’ em Malmö, ao quarto ‘match point’, o ‘título’ de melhor marcador da história do Real Madrid, talvez o seu mais ‘monstruoso’ registo. Seis anos e 30 dias depois da estreia, como não podia deixar de ser a marcar, face ao Deportivo (3-2), Ronaldo passou a somar 324 golos com a camisola dos "merengues", que representou em apenas 308 jogos, contra 323 de Raúl. Na Suécia, com tentos aos 29 e 90 minutos, o "capitão" da seleção lusa ultrapassou o 'mito' que faltava, depois de já ter deixado para trás, todos os outros: Butragueño, Gento, Hugo Sánchez, Puskás, Santillana e Dom Alfredo Di Stéfano. A média de mais de um golo por jogo, da qual só o magiar Puskás se aproximou (242, em 262 jogos), é o 'cartão de visita' do português, de 30 anos, um registo inacreditável, mas bem real, assente em golos atrás de golos, de um jogador que deixou de ser extremo e é agora, cada vez mais, um ponta de lança. Os 111 jogos em que não conseguiu faturar são um registo que se esfuma no facto de ter faturado em 197, sendo em que 87 conseguiu mais do que um: 54 'bis', 28 "hat-tricks", quatro golos em três ocasiões e cinco em duas. O Sevilha, ao qual já marcou 21 golos, é o seu adversário predileto, com o Getafe logo atrás, com 18. No último lugar do pódio, seguem 'ex-equo' os grandes rivais dos "merengues", o FC Barcelona e o Atlético Madrid, com 15. Entre 2009/10 e 2014/15, foi, nas seis temporadas, sempre o melhor marcador do clube, com um recorde de 61 golos, em 54 encontros, na temporada transata. Cristiano Ronaldo também marcou mais de um golo por encontro em 2011/12 (60 em 55) e 2013/14 (51 em 47), ficando abaixo apenas na época de estreia, ainda assim com 33 em 35. Na presente temporada, tem estado tudo menos regular, já que ficou em ‘branco’ em cinco jogos e só marcou em três, mas, quando o conseguiu, nunca se ficou por um: cinco ao Espanyol, três ao Shakhtar Donetsk e, na quarta-feira, dois ao Malmö. - Melhores marcadores da história do Real Madrid: 1. CRISTIANO RONALDO, POR 324 (308 jogos) 2. Raul González 323 (741) 3. Alfredo Di Stéfano 307 (396) 4. Carlos Alonso 'Santillana' 290 (645) 5. Ferenc Puskás, Hun 242 (262) 6. Hugo Sánchez, Mex 208 (283) 7. Paco Gento 181 (600) 8. José Martinez 'Pirri' 172 (561) 9. Emilio Butreagueño 171 (463) 10. Amancio Amaro 155 (471)

1 de novembro de 2010

Uma vitória especial para o meu pai



Foi pura coincidência festejar ontem o meu 250° jogo como treinador com uma vitória. E não uma vitória como tantas outras. Esta foi especial!

A passar um momento bastante delicado por motivos de saúde, meu pai pediu-me ao telefone para ganhar este jogo e desligou subitamente. Emocionou-se...

Estranhei porque nunca me fizera um pedido assim.

Depois do jogo liguei-lhe para lhe dizer que tinhamos ganho por 3-1 e ele ficou muito feliz. Força pai, esta ninguém nos pode tirar!

30 de outubro de 2010

Parabéns Maradona


Diego Armando Maradona, lenda viva do futebol mundial, faz hoje 50 anos. Com uma carreira repleta de sucessos e polémicas, "el Pibe" comemora o seu meio século de existência longe do grande amor da sua vida, o Futebol.

A 30 de Outubro de 1960, Buenos Aires, capital argentina, dava à luz aquele que viria a ser um dos maiores génios do futebol mundial.

Controverso, mas eternamente deslumbrante dentro das quatro linhas, assim foi Maradona, o melhor jogador argentino de todos os tempos e um dos maiores de sempre.
Hoje comemora 50 anos e isso é, por si só, uma batalha ganha, para um homem, que ainda jogador, esteve à beira da morte pela sedução inabalável da cocaína e outros excessos. Recuperou, ganhou forças e no seu último desafio orientou a Argentina do seu coração no último Mundial da África do Sul.

Acabou "traído", como reclama, mas nunca traiu aqueles que ansiavam por ver a magia sair do seu magnífico pé esquerdo. Ficaram eternas as imagens do Mundial de 1986, ponto mais alto da sua carreira e em que se sagrou campeão do Mundo. Os amantes do futebol devem-lhe uma homenagem pela qualidade dos espectáculo que ofereceu pelos estádios de todo o mundo…

Maradona vive a vida de forma bastante intensa e nunca esconde os seus pensamentos por mais polémicos que estes sejam. O golo com a famosa "mão de Deus" contra a Inglaterra ilustra de forma sintética o seu estilo de vida. Uma personalidade que desperta e provoca, na mesma proporção amores e ódios.

De qualquer forma, parabéns Maradona!

9 de outubro de 2010

Ainda se joga de pé descalço na rua


Foi com grande satisfação que verifiquei que ainda se joga à bola de pé descalço na rua. Numa viagem de imprensa que fiz recentemente a Cabo Verde (às ilhas do Sal e da Boavista), vi um punhado de garotos a jogarem à bola na rua, de pé descalço.

Não resisti e também me meti na pelada, daquelas em que o resultado muda aos 5 e acaba aos dez (golos), porque me lembrei do tempo em que tinha a idade deles e jogava (não de pé descalço, felizmente) com o mesmo espírito e entusiasmo nas ruas junto à minha casa, mesmo sabendo que me arriscava a levar uma tareia da minha mãe por jogar com os sapatos novos. É que a rua foi desde sempre o "laboratório" de onde saíram muitos dos melhores jogadores dos mundo. Senti-me renascer com aqueles putos...

Ontem à noite, ao ver na televisão os golos do Nani frente à Dinamarca, lembrei-me daqueles miúdos cabo-verdianos a jogarem com a mesma fantasia e criatividade como o craque do Manchester - filho dos cabo-verdianos, Domingos David, de São Vicente e Maria Almeida, do Sal (onde a cena se passou) - fez durante o jogo, para bem do futebol.

22 de setembro de 2010

Acima Dorival, abaixo Neymar


Dorival Júnior, até ontem técnico do Santos, foi afastado do comando da equipa brasileira por ter castigado o jovem jogador Neymar (apontado como o novo prodígio do futebol brasileiro) pela sua insubornização, falta de respeito e de profissionalismo na jogo frente ao Atlético de Goiânia, quando não lhe foi permitido que marcasse uma grande penalidade.

A direcção do Santos não aceitou que Dorival Júnior tivesse suspendido Neymar por mais de um jogo. Os responsáveis brasileiros queriam que ele voltasse a jogar frente ao rival Corinthians, só que o técnico não entendeu que esse seria o melhor caminho a seguir. E essa decisão custou-lhe o cargo.

A demissão do treinador é ainda mais polémica porque estava a realizar um bom trabalho no clube. Aliás, Dorival Júnior já estava a ser cobiçado por outros emblemas brasileiros.

Ps - Uma decisão incrível por parte dos dirigentes santistas. Os errados estão sempre por cima e os certos vivem no ostracismo, ou são condenados por suas atitudes honestas e louváveis.
Tive o prazer de conhecer Dorival Júnior em Dezembro do ano passado no forum Footecon, no Rio de Janeiro, e gostei de ter trocado várias impressões com ele. Além de competente, me pareceu ser um homem honesto.
Já vivi uma situação semelhante e sei o que custa construir uma equipa, promover jogadores (sobretudo jovens desconhecidos) e depois receber este tipo de recompensa...
Força Dorival, clubes não te vão faltar!