6 de junho de 2009

O milagre de Tirana

Portugal arrancou uma vitória a ferros em Tirana, frente à Albânia, graças ao golo do defesa Bruno Alves no terceiro dos cinco minutos de descontos concedidos pelo árbitro.
E o coitado do Carlos Queiroz, obviamente, suspirou de alívio.
Foi sem dúvida uma vitória importante que acende a chama da esperança em uma qualificação para o mundial da África do Sul, mas que ao mesmo tempo não esconde as limitações actuais da equipa das quinas.
Frente a uma selecção de pouca valia mas que se bateu até ao limite das suas forças, Portugal nunca mostrou arte nem engenho (nem muita vontade) para se desembaraçar da teia defensiva montada pelo adversário. Foi graças a um clamoroso falhanço da defesa contrária que Hugo Almeida, após um cruzamento de Bosingwa, colocou Portugal a vencer. Mas a alegria foi sol de pouca dura. Ainda festejavam os portugueses o seu golo, quando a Albânia, por intermédio de Bogdani empatou a partida, com a defesa lusa a ver autenticamente a "banda passar".
No segundo tempo, os albaneses fecharam-se ainda mais e nunca concederam espaços a Portugal que, em abono da verdade, nunca se conseguiu impor e pouco fez para merecer a vitória que acabou por aparecer, ao cair do pano, graças à insistência do sempre inconformado Bruno Alves e à saída em falso do guardião da Albânia.
Valeu a Portugal a Suécia ter perdido em casa frente à vizinha Dinamarca para continuar a alimentar a esperança em se qualificar. No entanto, se nas quatro "finais" que faltam disputar Portugal não melhorar a sua produção futebolística, amigos, parece-me já fomos...

Queiroz recebeu mais um balão de oxigénio mas não se livra das críticas. Ao compor um onze bastante discutível onde incluiu jogadores claramente fora de forma e alguns que não alinham regularmente nas suas equipas (casos de Pepe - castigado - e Deco), o seleccionador sente que a sua posição está tremida, e a da equipa também.

Resta-nos esperar pelos próximos jogos para ver como termina esta história. Ah, e acreditar!

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