2 de setembro de 2009

Futebol: Portugal é sexto fornecedor de jogadores das cinco principais ligas europeias


Portugal é o sexto fornecedor de jogadores para as cinco principais ligas de futebol da Europa, apresentando o terceiro contingente entre países do Velho Continente, com um total de 40 emigrantes.

Mesmo assim, os futebolistas lusos são menos de um quarto dos brasileiros (161) que alinharam, em 2008/09, nos campeonatos de Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha, segundo o "Estudo anual do mercado europeu de trabalho dos jogadores de futebol 2009", do Observatório dos Jogadores Profissionais de Futebol (OJPF).

Entre os 40 emigrantes portugueses, a média de idades para a transferência para estes campeonatos é de 23,85 anos, a quarta mais elevada, seguida de perto por espanhóis (23,43) e holandeses (23,27), mas somente batida por italianos (24,40), gregos (25) e turcos (26,57), que adquirem ainda mais experiência antes da primeira aventura nestas ligas.

Em quantidade, os brasileiros lideram em Itália, França e Alemanha e apenas são batidos pela Argentina, em Espanha, França e Inglaterra, sem que isso coloque em causa o "domínio" das principais ligas.

Gauleses (103) e argentinos (100) ocupam a segunda e terceira posição do "ranking", à frente do Uruguai (43) e da Holanda (41), que registou o maior reforço do contingente nestes campeonatos, com mais dez jogadores, entre as épocas de 2007/08 e 2008/09.

Nas contas dos investigadores, o campeonato português foi, entre 2005/06 e 2008/09, a oitava precedência preferida, tendo fornecido 79 jogadores, 18 dos quais na última temporada, quando ascendeu à sétima posição entre os exportadores para estas ligas, numa ordenação encabeçada por França (129), Inglaterra (117) e Brasil (114).

"Os clubes que focam o seu recrutamento internacional nas outras quatro ligas de 'top', em Portugal, Holanda, Brasil, Argentina e Suíça obtém uma importante vantagem competitiva em relação às outras equipas", refere o estudo do OJPF, que nasceu de uma parceria académica entre a Universidade de Neuchatel (Suíça) e a Universidade de Franche-Comté (França), unida pelo Instituto de Ciências do Desporto da Universidade de Lausana (Suíça).

Nas conclusões do quarto estudo anual, que aborda além da demografia, o treino, o recrutamento internacional, a mobilidade dos futebolistas e, pela primeira vez, o mercado de treinadores, o OJPF realça a diminuição do número de jogadores formados nos clubes, em contraste com o aumento dos jogadores "importados".

Entre 2007/08 e 2008/09, a percentagem de jogadores formados nos clubes caiu de 22 para 21 %, sendo que o maior valor, registado em França (30,3 %), também sofreu uma queda de 5 %, nas referidas épocas.

Já a proporção de jogadores estrangeiros cresceu pelo quarto ano consecutivo, atingindo agora 42,6 %. Os clubes ingleses continuam a ser os principais empregadores de forasteiros (59,2 % que, de forma inédita, ultrapassaram os alemães (50,2). Neste campo, o Liverpool é inigualável, com 90 % de jogadores estrangeiros.

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