3 de novembro de 2009

Em Braga mora um candidato: Domingos Paciência, o arquitecto do sucesso


Domingos Paciência, treinador do Sporting de Braga, somou no sábado a sua terceira vitória sobre o Benfica em sete jogos com os "encarnados", e a sexta contra os grandes na sua ainda curta carreira de treinador. No final do jogo com o Benfica, Domingos, com humildade, voltou a dizer que "é muito cedo para assumir uma candidatura ao título", mas pela primeira vez admitiu lutar pela primeira posição: "Se a equipa conseguir manter este nível, a humildade e organização que tem tido até hoje, é possível manter esta posição".
Nos nove jogos efectuados à frente dos minhotos como técnico – grande arquitecto e responsável pela excelente época dos arsenalistas – conseguiu oito vitória e um empate, o que representa um recorde absoluto para o clube e algo apenas ao alcance dos "grandes". Um feito que assinala um incontestado comando do campeonato, reforçado em termos de significado pelo triunfo sobre três candidatos ao título: Sporting, Porto e Benfica.
Mas o seu trajecto em Braga não começou da melhor forma: Domingos começou por ser olhado de "lado" quando o Sporting de Braga abandonou prematuramente a Liga Europa foi um fracasso para o clube, o que aumentou as suspeições sobre si, após chegar ao Minho e começar a criticar os seus antecessores.
Após os primeiros dias de trabalho, ficaram na memória as duras queixas de que nunca tinha encontrado uma equipa com tantas pubalgias, algo que foi entendido como referência ao trabalho de Jorge Jesus, que terminou a época com apenas 12 jogadores disponíveis. Domingos negou, mais tarde, que fosse esse o destinatário.
Agora, no comando isolado do campeonato, as vozes da oposição parece que se calaram de vez. "Minguinho”, como é tratado pelos amigos, comanda apenas a equipa que é líder do campeonato à nona jornada, com mais três pontos do que o segundo, o Benfica, cinco que o terceiro, o FC Porto, e mais 12 que o Sporting.
Domingos José Paciência Oliveira, nasceu em Leça da Palmeira a 2 de Janeiro de 1969.
Enquanto jogador, foi um ponta-de-lança nato e um ídolo para os adeptos do Futebol Clube do Porto, clube onde fez a maior parte da carreira.
Representou a selecção nacional por trinta e cinco vezes, tendo marcado nove golos ao seu serviço; foi campeão nacional por sete vezes e ganhou duas taças de Portugal e seis supertaças.
Na época de 1997/98, foi para as Ilhas Canárias, para representar o Club Desportivo Tenerife durante duas épocas, tendo regressado ao FC Porto, clube onde terminou a carreira na época de 2000/2001.
No ano seguinte, abraçou a carreira de treinador, começando por orientar as camadas jovens do FC Porto e depois a sua equipa B. Na época 2006/2007 foi treinador do União de Leiria, onde obteve um brilhante 7° lugar. Em 2007/08 ingressou na Académica à 3ª jornada substituindo Manuel Machado, tendo terminado o campeonato na 12ª posição.
Na época 2008/2009 levou os "estudantes” até ao 7º lugar do campeonato, uma posição que o clube não atingia há 25 anos.
Esta época substituiu Jorge Jesus no comando do Sporting de Braga, com o sucesso que se vê!
Palavras para quê? É um artista português!

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