17 de novembro de 2009

Para chegarmos ao Mundial da África do Sul há um "Adamastor" para dobrar

O magro golo de vantagem com que Portugal se apresenta hoje no relvado de Zenica, frente às hostes bósnias, faz antever um jogo num ambiente de verdadeiro "inferno", como prova a forma hostil com que a comitiva portuguesa foi recebida em Sarajevo.
Para a selecção conseguir carimbar a sua presença no Mundial da África do Sul, vai ter que conseguir dobrar um "Adamastor" personalizado na formação da Bósnia-Herzegovina.
O encontro desta noite pode vir a ser um autêntico "cabo das tormentas" para a equipa das quinas, devido ao ambiente hostil que a nossa selecção vai encontrar.
Após uma fase de apuramento com mais baixos que altos, chegou o momento de mostrar que queremos verdadeiramente estar entre os melhores do futebol mundial.
A hora da verdade chegou! Agora, é preciso demonstrá-lo dentro do campo, porque dos fracos não reza a história.
Frente a frente vão estar uma selecção que já participou em quatro Mundiais e cinco Europeus contra uma que nunca esteve presente numa grande prova internacional. Portugal, 10° país do ranking da FIFA, joga contra o 42° da tabela. Mas ambas têm um objectivo comum: garantir uma das últimas quatro vagas europeias para o Mundial de Futebol de 2010 na África do Sul.
"É uma das nações do Mundo com maior concentração de talentos", diz mesmo Blazevic, seleccionador da Bósnia.
O adversário tem uma equipa constituída por jogadores que se destacam em alguns dos mais importantes e competitivos campeonatos da Europa. Mas a sua principal arma estará na motivação.
Na Bósnia vive-se um clima de grande excitação e euforia. É o jogo da vida dos jogadores e de um dos países mais jovens da Europa. "A motivação dos nossos jogadores é indescritível", garantem os dirigentes da federação bósnia.
Mas a nossa selecção sabe ao que vai. A coragem e a determinação dos jogadores portugueses tem de atingir esta noite o seu ponto mais máximo, porque qualidade não nos falta. Mesmo sem Cristiano Ronaldo.
Hoje, mais importante que as tácticas e as suas nuances, é o querer e a vontade que cada um (jogue quem jogar) tem que pôr ao serviço da equipa e do país.
Carlos Queiroz diz contar com a experiência e maturidade dos nossos jogadores, "que já passaram por momentos de alta tensão nos clubes", garantiu.
E acrescentou: "Somos profissionais. Trabalhamos uma vida inteira para chegar a estes momentos. Chegamos aqui, vamos falar de pressão? Não. É o contrário. Sonhamos com estes momentos".
Oxalá amanhã, depois do apito final, tenhamos dobrado o cabo para chegar à África do Sul.

Sem comentários:

Enviar um comentário